quarta-feira, 29 de agosto de 2018

MITOLOGIA E ARQUÉTIPO - DEUSA HÉCATE



Hécate é o arquétipo mais incompreendido da 

mitologia grega. Ela é uma Deusa Tríplice Lunar 
vinculada com o aspecto sombrio do disco lunar, 
ou seja, o lado inconsciente do feminino. 
E, representa ainda, o lado feminino ligado ao destino.
Seu domínio se dá em três dimensões: no Céu, 
na Terra e no Submundo.
Hécate é, portanto, uma Deusa lunar por excelência

e sua presença é sentida nas três fases lunares.

A Lua Nova pressupõe a face oculta de Hécate, 

a Lua Cheia vai sendo aos poucos sombreada 
pelo seu lado escuro, revelando o aspecto negativo 
da Mãe. E a Lua Minguante revela seu aspecto 
luminoso. É preciso morrer para renascer.

Esta Deusa ainda permanece com o estigma de 
ser uma figura do mal. Essa percepção foi 
particularmente consolidada na psique ocidental 
durante o período medieval, quando a igreja 
organizada projetou este arquétipo em simplórias 
pessoas pagãs do campo que seguiam seus antigos costumes e habilidades populares ligados a 
fertilidade. 

Estes indivíduos eram considerados malévolos 
adoradores do “demônio”. Hécate era então, 
a Deusa das bruxas, Padroeira do aspecto virago, 
mas nos é impossível termos uma imagem clara 
do que realmente acontecia devido às projeções 
distorcidas, aos medos íntimos e inseguranças 
espirituais destes sacerdotes e confessores 
cristãos.

Hoje, mais do que nunca o homem têm consciência 
que a Lua é um astro que estimula o nosso 
inconsciente. Isso é verdadeiro para todas as pessoas,
pois todos somos dependentes da atividade do 
inconsciente para a inspiração e a intuição, bem como 
para o funcionamento dos instintos, e para prover a consciência de "libido". 

Tudo isso é governado pela Lua, e por essa razão,
é necessário permanecer em harmonia com a Lua e 
manter seu culto.

Foi através dos ciclos da Lua que o homem primitivo 
tomou consciência do tempo, mas onde a Lua e sua periodicidade mais se manifesta é na Mulher e no 
Feminino. 

A mulher não somente está ligada à periodicidade 

da Lua em suas transformações mentais, muito 
embora a sua periodicidade interior lunar tenha se 
tornado independente da lua exterior, como também 
sua mentalidade é determinada pela lua, e o 
comportamento de seu espírito é moldado pelo 
arquétipo da lua como a essência da consciência 
matriarcal.
A periodicidade da Lua, com seu pano de fundo 
noturno é símbolo de um espírito que cresce e se 
transforma em conexão com os processos obscuros do inconsciente. 
Do mesmo modo, o corpo da mulher passa por fases correspondentes. 

A partir da primeira menstruação, a mulher está automaticamente iniciada nos mistérios da consciência 

lunar, que também poderia ser chamada de consciência matriarcal, que jamais está separada do inconsciente, 
pois é uma fase, uma fase espiritual, do próprio inconsciente, esta é a fase da virgem. 
Apta, a mulher poderá passar para segunda fase 
de sua cronologia que é ser mãe, a nutridora; para 
depois chegar a terceira fase com a idade 
tornando-se a anciã, a avó, a sábia guardiã dos 
mistérios da vida .

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