terça-feira, 7 de agosto de 2018

CULTO A DEUSA


Desde os povos primitivos a partir do momento que o ser humano passou a receber ensinamentos esotéricos sobre a Divindade, surgiram inúmeras religiões, sendo que em sua maioria possuíam o seguinte conceito: "A manifestação dual e tríplice da Divindade na Terra."

Essa sabedoria primitiva, os Deuses e Deusas, representantes dos mais diversos planos de manifestação só podiam ser concebidos a partir do momento que um determinado povo lhes desses atributos mais humanos. Esses atributos eram gerados na conformidade das possibilidades de concepção, mentais, psíquicas e emocionais daquele determinado povo, além é claro de suas possibilidades evolutivas. Assim a exceção dos Iniciados que podiam penetrar na transcendência desses seres divinos e reverenciá-los em seus sanctus ou santuários sagrados, o povo precisava de um deus e uma deusa bem próxima de suas possibilidades intelectuais.

Em todos os cantos da Terra, cada nação com seu idioma, invocam os mesmos deuses com os mais variados nomes que eram sincretizados no Logos, na Deidade e finalmente no Verbo manifestado, assim você tem, quase sempre o Pai, a Mãe e o Filho como primeiro, segundo e terceiro Logos respectivamente, assim temos:

No Egito, Osíris, Ísis e Hórus; na Índia Brahma, Vishnu e Shiva; na Pérsia, Ahuramazda, Mithra e Ariman; na Fenícia, Anu, Ea e Bel, aqui note que a alegoria cristã de Deus, Maria e Jesus não é mera coincidência.

Nos fantásticos textos de Dzian, que são textos da India primitiva (muito tempo antes do cristianismo católico romano), você tem: "O tempo não existia, pois havia dormido no seio do infinito da duração (...) Só as trevas enchiam o todo sem limites, pois Pai, Mãe e Filho eram uma vez mais unos. (...) As trevas irradiam luz...a luz emite um raio solitário nas águas dentro do abismo da Mãe. O Raio transpassa o Ovo Virgem."

Curioso é que esse texto acima mostra uma nova Aurora da Manifestação no Universo após a reintegração com o Uno. Quiçá uma forma alegórica de descrever a fecundação no óvulo sob um prisma energético. Para efeitos esse texto foi escrito há alguns milhares de anos atrás.

Na gênese você poderá ler: "Deus criou no princípio os céus e a terra; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sob a face das águas. E deus disse: - Haja Luz. E houve a Luz." Apenas note que neste trecho a expressão Mãe foi emitida e substituída pela Água, eterna representação do princípio feminino universal.

Há ainda na mitologia escandinava: "No princípio havia um grande abismo (Caos); nem dia, nem noite existiam; o abismo era Ginnungagap, sem princípio nem fim. O Todo Poderoso, O Pai Incriado, morava nas profundezas do ABISMO (ou espaço) e quis, e o que quis veio a existência."

Esses textos são relacionados com a primeira e primordial manifestação, cujo simbolismo místico e iniciático é da mais alta transcendência cósmica e espiritual para o adepto.

Note que está sempre presente o princípio vivificador e a matriz de onde se origina a criação. É neste aspecto que surgem todas as mitologias a Mãe Universal ou Cósmica. Em todas as formas de vida está este princípio vivificador, chamado de Causa das Causas. Ele se manifesta e se projeta plano a plano, de esfera em esfera, na grande hierarquia Celestial dos seres criadores até chegar no ser humano, no plano mais denso e inferior.

A humanidade porém não pode conceber, mesmo nos dias de hoje, uma Mãe Cósmica, Suprema e Universal, assim procuram humanizar mais essa Mãe, no intuito de ouvir e atender suas súplicas, sendo assim reverenciada em vários aspectos e atributos que como já disse, mais adaptáveis a cada povo.

Assim temos na Grécia Antiga, Palas Atena - deusa da sabedoria; ou Demeter e sua filha Perséfone reverenciada nos famosos cultos de Elêusis (neste culto se achava a Arvore Sagrada que estava associada a Pomba, o Leão, o Peixe e a Cobra, interligadas respectivamente e representando o domínio sobre o Ar, a Terra, a Água e o Fogo) ; Afrodite, Deusa do Amor e Afrodite Urânios, uma Afrodite Celestial tida como "Mãe do Imaculado Amor" e no seu aspecto mais inferior Afrodite Pandemus mais ligada as paixões humanas. No Egito temos Ísis em cujo Templo em Sais havia a seguinte inscrição: "Eu sou aquela que é, que foi e que será e jamais ninguém levantou o véu que oculta minha divindade de olhos mortais." Notoriamente o "Véu de Ísis" tem simbolizado no meio iniciático os ensinamentos ocultos da primitiva sabedoria dado ao caráter elevado dessa Deusa na hierarquia oculta. Nos cultos Afro-Brasileiros temos Yemanjá e sua ligação com o mar.

Ainda temos no Egito a Deusa Hator, como simbolismo da Grande Mãe, mostrando uma nova face de Ísis;

A Cibele dos Gregos e Romanos;

Freya na Escandinávia;

Ishtar na Babilônia;

Sophia para os gnósticos;

Maria mãe de Deus para os católicos romanos.

Apenas para terminar e elucidar definitivamente esse ensaio, a letra "M" ou "M" sempre simbolizou junto com o pentagrama a água ou grande Mar, o elemento feminino, e normalmente em Magia seu significado traduz o símbolo da manifestação - o homem de braços e pernas abertas, e identifica como no caso da Bruxaria o filho ou filha da Grande Mãe, entidades relacionadas com o elemento água, ou Deusas Lunares. Os encantos, as poções a beira do caldeirão onde está presente o elemento água, etc. Apenas por curiosidade e para quem não sabe, a estrutura molecular da água tem o formato de uma estrela de cinco pontas, o curioso disto é explicar como as ciências antigas já possuíam o segredo de sua composição molecular.


ALINE SANTOS: É Jornalista, Terapeuta Holística,Taróloga,Cabalista, Professora,Educadora Patrimonial, Escritora, Numeróloga, Pesquisadora de Ciências Ocultas, Palestrante, e atende nas áreas de Florais de Bach, Fitoterapia, Aromaterapia, Terapia com cristais, Reiki, Cura Prânica, Tarô Terapêutico e Numerologia.

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