terça-feira, 7 de agosto de 2018

6. MULHER - DEMÉTER



Deméter, deusa do cereal, presidia abundantes colheitas, os romanos a conheciam como Ceres, era venerada como mãe do cereal e mãe da jovem Perséfone nos Mistérios de Eleusis a quem estava ligada no mito e no culto.

Deméter é o arquétipo materno, representa o instinto maternal desempenhado na gravidez ou através da nutrição física, psicológica ou espiritual dos outros.

Esse poderoso arquétipo pode ditar o rumo que tomará a vida de uma mulher, pode ter um impacto nos outros, e pode predispo-la à depressão, caso a sua necessidade de alimentar seja rejeitada ou frustrada.

Não é difícil achar Deméter, pois ela sempre estará rodeada de crianças, de pessoas carentes e indefesas.
É aquela faz e distribui o pão, que passa a noite acordada cuidando do filho doente, que cozinha, que lava e passa e que ainda tem reservas inesgotáveis de energia. Deméter é mais que uma mãe biológica, pois não é ter filhos que a faz mãe, é sua atitude, sua maneira instintiva de cuidar de tudo que é pueril, pequeno, carente e sem defesa. 

Deméter é pura dedicação e doação, sentimentos que conhecemos como "carinho de mãe".
É importante dizer que há algo de singular no carinho materno de Deméter. 


Isso não quer dizer que as outras deusas não possam ser mães, mas para Deméter ser mãe é tudo. 

Afrodite é uma mãe sensual que adora vestir os filhos e "curtir" um cinema, leva-los a festas e Shoppings; Artemis tem uma meiguice selvagem e trata seus filhos como filhotes de fera, adora jogos e esportes. 

Atena mal pode esperar que eles falem para conversar e estimular sua educação. Perséfone também é profundamente envolvida com os filhos, mas de maneira mais psíquica e intuitiva. 

A mãe Hera é tão cheia de regras, censuras exigências e expectativas que resta pouca ternura para criar seus filhos. 

Somente Deméter se identifica plenamente com a maternidade, quase à exclusão dos outros interesses.
Ela é tão envolvida com o fato de ser mãe que não arranja tempo para comprar um vestido novo, ir ao cabeleireiro e outras atividades que toda a mulher gosta de fazer para si mesma, sua prioridade é cuidar dos filhos em detrimento de si mesma.


Deméter se sente totalmente realizada fazendo o que faz, sendo mãe, nutrindo, acalentando.
O instinto para acalentar que existe em Deméter pode ser facilmente identificado em meninas brincando com bonecas. 


Quando jovem, Deméter é tão identificada com a mãe, que haverá uma relação quase simbiótica entre ambas.
Mas por mais belo que pareça este quadro de Deméter se realizando como mãe, ele está muito longe de ser uma realidade para a maioria das mães modernas. 


As pressões físicas e econômicas da mera subsistência tendem a exigir que as mulheres grávidas trabalhem até o dia do parto, e retornem ao trabalho pouco tempo após o mesmo, ficam licenciadas por um determinado tempo e são obrigadas a retornarem ao trabalho, sem a menor possibilidade de dar a devida atenção aos seus bebês , impedindo-as de curtirem a maternidade. .

Individualmente, as mulheres que representam o modo de ser de Deméter não têm como expressar e como competir com as mulheres-Atenas bem instruídas que detêm influência social e política. 

Ela não é intelectual, via de regra, e não gosta de se expressar em público. Os planos que são concebidos para devolver as mães à força de trabalho e torná-las independentes dos homens são concepções de Atena e deixam a mulher-Deméter perplexa e frustrada.


Referência:Referência: As Deusas e a Mulher - Jean Shinoda Bolen
A Deusa Interior - Jennifer Barker Woolger/Roger J. Woolger


ALINE SANTOS: É Jornalista, Terapeuta Holística,Taróloga,Cabalista, Professora,Educadora Patrimonial, Escritora, Numeróloga, Pesquisadora de Ciências Ocultas, Palestrante, e atende nas áreas de Florais de Bach, Fitoterapia, Aromaterapia, Terapia com cristais, Reiki, Cura Prânica, Tarô Terapêutico e Numerologia.

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