quarta-feira, 29 de agosto de 2018

DEUSA HÉCATE


Hécate (em grego antigo: Εκάτη, Hekátē), na mitologia grega, é uma deusa, filha dos titãs Perses e Astéria.
Hécate, em grego, significa "a distante" (embora alguns atribuam a origem do nome à palavra egípcia Hekat que significaria "Todo o poder", já que supostamente Hécate teria se originado em mitos do sudoeste asiático que fora assimilada para a religião greco-romana mais tarde) mas era conhecida como a mais próxima de nós, pois se acreditava que, nas noites de lua nova, ela aparecia com sua horrível matilha de cachorros fantasmas diante dos viajantes que por ali cruzavam. Ela enviava aos humanos os terrores noturnos e aparições de fantasmas espectros.

Também era considerada a deusa da magia e da noite, mas em suas vertentes mais terríveis e obscuras. Era associada a Ártemis, mas havia a diferença de que Ártemis representava a luz lunar e o esplendor da noite. Também era associada à deusa Perséfone, a rainha dos infernos, lugar onde Hécate vivia.

Dada a relação entre os feitiços e a obscuridade. Os magos e bruxas da Antiga Grécia lhe faziam oferendas com cachorros e cordeiros negros no final de cada lua nova. Era representada com três corpos e três cabeças, ou um corpo e três cabeças. Levava sobre a testa o crescente lunar (tiara chamada de pollos), uma ou duas tochas nas mãos e com serpentes enroladas em seu pescoço.

Os romanos assimilaram Hécate a Trívia, deusa das encruzilhadas, embora a relação dada entre ambas não seja tão perfeita como em outros casos da mitologia.
Os marinheiros consideravam-na sua deusa titular e pediam-lhe que lhes assegurasse boas travessias. Hécate era uma divindade tripla: lunar, infernal e marinha.
Hécate uniu-se a Eetes, de quem gerou a Feiticeira Circe.
O cipreste estava associado a Hécate. Seus animais eram os cachorros, lobos e ovelhas negras. Suas três faces simbolizam a virgem, a mãe e a senhora (Anciã).

Ela transmite o poder de olhar para três direções ao mesmo tempo. Esta deusa sugere que algo no passado está amarrando o presente e prejudicando planos futuros,  
( referência a lei do Carma).
Nos mitos, seu papel foi sempre secundário. Participou da Titanomaquia ao lado de Zeus,
Ajudou Deméter a procurar sua filha Perséfone quando esta foi raptada por Hades e combateu Hércules quando ele tentou enfrentar Cérbero, seu cão de companhia no mundo subterrâneo.

MITOLOGIA E ARQUÉTIPO - DEUSA HÉCATE



Hécate é o arquétipo mais incompreendido da 

mitologia grega. Ela é uma Deusa Tríplice Lunar 
vinculada com o aspecto sombrio do disco lunar, 
ou seja, o lado inconsciente do feminino. 
E, representa ainda, o lado feminino ligado ao destino.
Seu domínio se dá em três dimensões: no Céu, 
na Terra e no Submundo.
Hécate é, portanto, uma Deusa lunar por excelência

e sua presença é sentida nas três fases lunares.

A Lua Nova pressupõe a face oculta de Hécate, 

a Lua Cheia vai sendo aos poucos sombreada 
pelo seu lado escuro, revelando o aspecto negativo 
da Mãe. E a Lua Minguante revela seu aspecto 
luminoso. É preciso morrer para renascer.

Esta Deusa ainda permanece com o estigma de 
ser uma figura do mal. Essa percepção foi 
particularmente consolidada na psique ocidental 
durante o período medieval, quando a igreja 
organizada projetou este arquétipo em simplórias 
pessoas pagãs do campo que seguiam seus antigos costumes e habilidades populares ligados a 
fertilidade. 

Estes indivíduos eram considerados malévolos 
adoradores do “demônio”. Hécate era então, 
a Deusa das bruxas, Padroeira do aspecto virago, 
mas nos é impossível termos uma imagem clara 
do que realmente acontecia devido às projeções 
distorcidas, aos medos íntimos e inseguranças 
espirituais destes sacerdotes e confessores 
cristãos.

Hoje, mais do que nunca o homem têm consciência 
que a Lua é um astro que estimula o nosso 
inconsciente. Isso é verdadeiro para todas as pessoas,
pois todos somos dependentes da atividade do 
inconsciente para a inspiração e a intuição, bem como 
para o funcionamento dos instintos, e para prover a consciência de "libido". 

Tudo isso é governado pela Lua, e por essa razão,
é necessário permanecer em harmonia com a Lua e 
manter seu culto.

Foi através dos ciclos da Lua que o homem primitivo 
tomou consciência do tempo, mas onde a Lua e sua periodicidade mais se manifesta é na Mulher e no 
Feminino. 

A mulher não somente está ligada à periodicidade 

da Lua em suas transformações mentais, muito 
embora a sua periodicidade interior lunar tenha se 
tornado independente da lua exterior, como também 
sua mentalidade é determinada pela lua, e o 
comportamento de seu espírito é moldado pelo 
arquétipo da lua como a essência da consciência 
matriarcal.
A periodicidade da Lua, com seu pano de fundo 
noturno é símbolo de um espírito que cresce e se 
transforma em conexão com os processos obscuros do inconsciente. 
Do mesmo modo, o corpo da mulher passa por fases correspondentes. 

A partir da primeira menstruação, a mulher está automaticamente iniciada nos mistérios da consciência 

lunar, que também poderia ser chamada de consciência matriarcal, que jamais está separada do inconsciente, 
pois é uma fase, uma fase espiritual, do próprio inconsciente, esta é a fase da virgem. 
Apta, a mulher poderá passar para segunda fase 
de sua cronologia que é ser mãe, a nutridora; para 
depois chegar a terceira fase com a idade 
tornando-se a anciã, a avó, a sábia guardiã dos 
mistérios da vida .

terça-feira, 7 de agosto de 2018

CULTO A DEUSA


Desde os povos primitivos a partir do momento que o ser humano passou a receber ensinamentos esotéricos sobre a Divindade, surgiram inúmeras religiões, sendo que em sua maioria possuíam o seguinte conceito: "A manifestação dual e tríplice da Divindade na Terra."

Essa sabedoria primitiva, os Deuses e Deusas, representantes dos mais diversos planos de manifestação só podiam ser concebidos a partir do momento que um determinado povo lhes desses atributos mais humanos. Esses atributos eram gerados na conformidade das possibilidades de concepção, mentais, psíquicas e emocionais daquele determinado povo, além é claro de suas possibilidades evolutivas. Assim a exceção dos Iniciados que podiam penetrar na transcendência desses seres divinos e reverenciá-los em seus sanctus ou santuários sagrados, o povo precisava de um deus e uma deusa bem próxima de suas possibilidades intelectuais.

Em todos os cantos da Terra, cada nação com seu idioma, invocam os mesmos deuses com os mais variados nomes que eram sincretizados no Logos, na Deidade e finalmente no Verbo manifestado, assim você tem, quase sempre o Pai, a Mãe e o Filho como primeiro, segundo e terceiro Logos respectivamente, assim temos:

No Egito, Osíris, Ísis e Hórus; na Índia Brahma, Vishnu e Shiva; na Pérsia, Ahuramazda, Mithra e Ariman; na Fenícia, Anu, Ea e Bel, aqui note que a alegoria cristã de Deus, Maria e Jesus não é mera coincidência.

Nos fantásticos textos de Dzian, que são textos da India primitiva (muito tempo antes do cristianismo católico romano), você tem: "O tempo não existia, pois havia dormido no seio do infinito da duração (...) Só as trevas enchiam o todo sem limites, pois Pai, Mãe e Filho eram uma vez mais unos. (...) As trevas irradiam luz...a luz emite um raio solitário nas águas dentro do abismo da Mãe. O Raio transpassa o Ovo Virgem."

Curioso é que esse texto acima mostra uma nova Aurora da Manifestação no Universo após a reintegração com o Uno. Quiçá uma forma alegórica de descrever a fecundação no óvulo sob um prisma energético. Para efeitos esse texto foi escrito há alguns milhares de anos atrás.

Na gênese você poderá ler: "Deus criou no princípio os céus e a terra; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sob a face das águas. E deus disse: - Haja Luz. E houve a Luz." Apenas note que neste trecho a expressão Mãe foi emitida e substituída pela Água, eterna representação do princípio feminino universal.

Há ainda na mitologia escandinava: "No princípio havia um grande abismo (Caos); nem dia, nem noite existiam; o abismo era Ginnungagap, sem princípio nem fim. O Todo Poderoso, O Pai Incriado, morava nas profundezas do ABISMO (ou espaço) e quis, e o que quis veio a existência."

Esses textos são relacionados com a primeira e primordial manifestação, cujo simbolismo místico e iniciático é da mais alta transcendência cósmica e espiritual para o adepto.

Note que está sempre presente o princípio vivificador e a matriz de onde se origina a criação. É neste aspecto que surgem todas as mitologias a Mãe Universal ou Cósmica. Em todas as formas de vida está este princípio vivificador, chamado de Causa das Causas. Ele se manifesta e se projeta plano a plano, de esfera em esfera, na grande hierarquia Celestial dos seres criadores até chegar no ser humano, no plano mais denso e inferior.

A humanidade porém não pode conceber, mesmo nos dias de hoje, uma Mãe Cósmica, Suprema e Universal, assim procuram humanizar mais essa Mãe, no intuito de ouvir e atender suas súplicas, sendo assim reverenciada em vários aspectos e atributos que como já disse, mais adaptáveis a cada povo.

Assim temos na Grécia Antiga, Palas Atena - deusa da sabedoria; ou Demeter e sua filha Perséfone reverenciada nos famosos cultos de Elêusis (neste culto se achava a Arvore Sagrada que estava associada a Pomba, o Leão, o Peixe e a Cobra, interligadas respectivamente e representando o domínio sobre o Ar, a Terra, a Água e o Fogo) ; Afrodite, Deusa do Amor e Afrodite Urânios, uma Afrodite Celestial tida como "Mãe do Imaculado Amor" e no seu aspecto mais inferior Afrodite Pandemus mais ligada as paixões humanas. No Egito temos Ísis em cujo Templo em Sais havia a seguinte inscrição: "Eu sou aquela que é, que foi e que será e jamais ninguém levantou o véu que oculta minha divindade de olhos mortais." Notoriamente o "Véu de Ísis" tem simbolizado no meio iniciático os ensinamentos ocultos da primitiva sabedoria dado ao caráter elevado dessa Deusa na hierarquia oculta. Nos cultos Afro-Brasileiros temos Yemanjá e sua ligação com o mar.

Ainda temos no Egito a Deusa Hator, como simbolismo da Grande Mãe, mostrando uma nova face de Ísis;

A Cibele dos Gregos e Romanos;

Freya na Escandinávia;

Ishtar na Babilônia;

Sophia para os gnósticos;

Maria mãe de Deus para os católicos romanos.

Apenas para terminar e elucidar definitivamente esse ensaio, a letra "M" ou "M" sempre simbolizou junto com o pentagrama a água ou grande Mar, o elemento feminino, e normalmente em Magia seu significado traduz o símbolo da manifestação - o homem de braços e pernas abertas, e identifica como no caso da Bruxaria o filho ou filha da Grande Mãe, entidades relacionadas com o elemento água, ou Deusas Lunares. Os encantos, as poções a beira do caldeirão onde está presente o elemento água, etc. Apenas por curiosidade e para quem não sabe, a estrutura molecular da água tem o formato de uma estrela de cinco pontas, o curioso disto é explicar como as ciências antigas já possuíam o segredo de sua composição molecular.


ALINE SANTOS: É Jornalista, Terapeuta Holística,Taróloga,Cabalista, Professora,Educadora Patrimonial, Escritora, Numeróloga, Pesquisadora de Ciências Ocultas, Palestrante, e atende nas áreas de Florais de Bach, Fitoterapia, Aromaterapia, Terapia com cristais, Reiki, Cura Prânica, Tarô Terapêutico e Numerologia.

O CULTO DA MÃE E DA FILHA


Entre as inúmeras imagens de deusas antigas se encontram com freqüência esculturas – em pedra, osso, argila – pinturas ou vasos em forma de deusas duplas ou geminadas. Elas simbolizam a polaridade biológica e oculta do princípio feminino, a eterna dança entre vida e morte, luz e escuridão, as fases da Lua, os ciclos da Natureza e da vida humana. Nos antigos Mistérios Femininos as deusas duplas - aparecendo como mãe e filha ou irmãs - expressam os elos profundos dos laços de sangue, a solidariedade e parceria femininas, sendo um incentivo para a reformulação dos conceitos contemporâneos sobre cooperação e competição entre as mulheres.


A dupla de deusas simbolizava a soberania feminina na maioria das culturas pré-patriarcais, no nível espiritual e profano, representada pelos cultos matrifocais e a linhagem matrilinear. Com o passar do tempo, o ícone da Deusa Dupla se metamorfoseia em Duas Mães, Senhoras, Irmãs ou Rainhas, reafirmando os laços de sangue e a parceria femininas. A iconografia da Deusa Dupla fortalece o conceito da natureza ambivalente da Grande Mãe, cujos polos de vida e morte se complementam em uma mandala que mescla as forças de nascimento, crescimento, morte e renascimento.


As mulheres espelham esta biologia bipolar, alternando nos seus corpos as fases hormonais (ovulação/menstruação), emocionais (expansão/retração) e espirituais (manifestação/contemplação). Nas culturas antigas ambas as polaridades eram honradas e consagradas, os rituais sendo organizados em função desta dualidade rítmica.
Assim como em outras mitologias, no Egito o tema da Deusa Dupla permaneceu durante milênios e era representado por várias deusas como Nekhbet/Wadjet, Tauret/Mut e Ísis/Nepthys.

A conexão complementar entre Ísis e Nephtys é muito antiga, dividindo entre si as regências: a luz lunar, a estrela matutina e o mundo visível e manifesto pertenciam a Ísis enquanto a face negra e oculta da Lua, a estrela vespertina e o mundo invisível e não manifestado eram o domínio de Nephtys. A sua dualidade – como faces opostas mas complementares da Grande Mãe – espelhava a dos seus maridos e irmãos, Osiris, deus da luz e fertilidade da terra e Seth, regente da escuridão e aridez do deserto. Irmã gêmea de Ísis, filha da deusa celeste Nut e do deus da terra Geb, Nepthys – ou Nebet Het - tem uma simbologia complexa e aparentemente contraditória.


Ao mesmo tempo em que representa o fim da vida – seu nome simbolizava os “confins da terra e do tempo” - ela também anunciava o renascimento. Seu tempo sagrado era o anoitecer, quando o barco solar mergulhava nas profundezas da terra, delas ressurgindo na manhã seguinte abençoado pela luz de Ísis. Seu título era a “Senhora da Casa” reproduzido pelo hieróglifo e a imagem sobre sua cabeça, o de Ísis sendo “A Senhora do trono”, que adornava sua cabeça. Enquanto Ísis governava o céu e a terra, o domínio de Nephtys era o mundo desconhecido e misterioso dos sonhos, do inconsciente e dos fenômenos psíquicos, bem como a realidade desafiadora da transformação dos mortos em seres de luz .


O que acontecia no mundo astral (de Nephtys) afetava o mundo natural (de Ísis), assim como também o contrário. A morte era uma passagem estreita da luz para a escuridão, mas a alma precisava atravessar esta escuridão para alcançar novamente a luz, conforme dizia esta frase gravada nos sarcófagos egípcios: “que possas acordar para uma nova vida com as bênçãos de Nephtys, que o renovou durante a noite fria e escura”.
Nephtys era a padroeira do sofrimento feminino e também da cura, enviando sonhos curadores e energias de alívio aos doentes, bem como apoiando os moribundos na sua passagem, o que a tornou a deusa guardiã dos ritos fúnebres.


Junto com Ísis ela foi a criadora dos rituais de reverência aos deuses e das práticas templárias e mortuárias. Chamadas de Ma’aty – a dupla verdade – as irmãs eram “As Senhoras”, que apareciam em forma de pássaros migratórios nos sarcófagos para descrever o inverno (e a morte), bem como a primavera (e o renascer).


Representadas juntas e com as asas estendidas ao lado dos faraós sobre seus sarcófagos, elas não apenas simbolizavam sua proteção, mas também o seu renascimento. O espaço entre suas asas forma o símbolo ka, o abraço divino que contém o todo e todas as suas partes.Isis e Nephtys se tornam uma deusa só quando juntam suas energias complementares e assistem Osiris na sua ressurreição, assim como fazem com o Sol (na sua passagem entre noite e dia) e acredita-se que farão com todas as almas na sua transição entre vida/ morte e renascimento.

por Mirella Faur

NÃO A GUERRA DOS SEXOS.... ...SIM AO COMPANHEIRISMO!


Hoje, a maioria das religiões, concebem como única e suprema uma divindade que é masculina, entretanto, ao resgatarmos tradições mais antigas, aprendemos que anteriormente, tanto o homem quanto a mulher, cultuavam uma Grande Mãe. O resgate destas tradições nos levam a compreender que homens e mulheres nasceram para viver em parceria e que, nós mulheres, podemos honrar o espírito feminino, buscando o equilíbrio e a paz, para ambos os sexos.

As mulheres, nos últimos anos, desbancaram a bandeira de sexo frágil. Elas batalharam e conseguiram a independência, poder e reconhecimento. Em pé de igualdade com o homem, hoje tem como meta principal conciliar carreira, maternidade e encontrar um homem ideal.

Os homens em contrapartida, não mudaram tanto assim, não acompanhando o ritmo veloz feminino. Em conseqüência disto, criou-se um abismo entre os dois sexos. Mas, felizmente, as mulheres jamais abandonaram o seu ideal romântico de encontrar um companheiro para caminhar lado a lado.

Todas anseiam apaixonar-se e casar, mas não abrem mão da busca do sucesso profissional. Assim, alegam a maioria delas, se fracassarem na vida sentimental, terão o trabalho para satisfazê-las e ocupá-las. Devem então, ter muito cuidado para não investir tempo integral às suas carreiras, pois fatalmente, por total falta de tempo matarão sua vida afetiva.

O amor e a maternidade para a mulher é um fator mais do que biológico. Ir contra à sua natureza, fará com que a mulher deixe de usufruir de uma realização pessoal.

O homem também obteve alguns avanços e hoje, ele parece estar mais disponível e sensível. A cada dia vislumbra-se pais mais participantes, amantes mais amorosos e companheiros que dividem com a mulher as tarefas rotineiras da casa.

Estamos entretanto ainda, em um momento de transição, onde os papéis masculinos e femininos não estão bem delineados. O homem, continua a não saber direito lidar com suas emoções em função de sua postura cultural e a mulher buscou e conquistou a independência, o reconhecimento e a igualdade.

Mas bem no íntimo, ela continua romântica e deseja ser conquistada. No fundo, talvez não imaginasse que pudesse ir tão longe para depois sentir-se perdida. Com tantas conquistas, vieram também as armadilhas e ela acabou sobrecarregada, pendendo de um lado para o outro com a expansão das possibilidades.

Talvez, seja este o momento da mulher parar de provar que pode tudo e unir-se em companheirismo com o homem. Se realmente buscamos construir uma sociedade equilibrada e serena, todas as idéias egocêntricas de superioridade e culto à guerra sexista deve desaparecer entre os homens e mulheres, dando lugar a uma visão cósmica de complementariedade entre os sexos.

NA GUERRA DOS SEXOS QUE VENÇA O AMOR!

Por Rosane Volpatto

Mito do Andrógino e as Almas Gêmeas



No fundo de nossas almas todos nós nutrimos a fantasia de que em algum lugar deste pequeno planeta alguém está esperando, olhando para o mesmo céu e sem saber que a gente existe, pensa em nós... e deseja estar ao nosso lado....
Essa pessoa nossa outra metade. A nossa alma gêmea.

Quem é este "Outro" que deveria nos completar?

E por que, apesar dos nossos esforços, parece tão difícil encontra-lo. Por que a sensação de que ele ou ela está sempre um pouco adiante, mais longe e mais longe... sempre tão distante de nós.
Se a vida é a arte do encontro, como dizem os poetas, por que existe tanto desencontro pela vida.

O que será que nós esperamos deste encontro? A julgar pelo que dizem os mitos, as lendas, as canções, os poemas e as notícias de jornal, nós queremos tudo.
Nada menos do que a plenitude, que o "êxtase", este sentimento de prazer ou encantamento divino, necessário para que nos sintamos completos, onde não admitimos nem sequer uma migalha faltando, para nos sentirmos completos, inteiros e justificados...

Na obra o Banquete, do filósofo grego Platão encontramos o Mito do Andrógino.
Não entenda mito como mentira, fábula ou conto de fadas. Os mitos são histórias nascidas da alma coletiva dos seres humanos ( segundo Jung são Arquétipos). Intuições profundas da mente inconsciente transformadas pela magia das palavras em contos, lendas e mitos.

O andrógino, mais do que ser um e outro, homem (andros) e mulher (gynos), como a maioria em geral pensa, é um só ser.
Andrógino é o ser quase perfeito porque, assim como os deuses, ele contém em si mesmo todas as oposições, ele se basta a si mesmo, é completo e fecundo, dá a luz a si próprio. Em muitas mitologias, assim como na Bíblia o primeiro homem era um ser andrógino.


No início, a raça dos homens não era como hoje, era diferente, não haviam apenas dois sexos. Segundo o livro "O Banquete", de Platão, existiam três criaturas míticas proto-humanas.
No livro, o comediógrafo Aristófanes descreve como haveriam surgido os diferentes sexos.

Havia antes três seres: Andros, Gynos e Androgynos, sendo Andros uma entidade masculina composta de oito membros e duas cabeças, ambas masculinas, Gynos entidade feminina mas com características semelhantes, e Androgynos composto por metade masculina, metade feminina.

O NASCIMENTO DOS ANDRÓGINOS

A Mitologia Grega conta que Zeus declarou guerra ao seu pai Cronos e aos demais Titãs com a ajuda de Gaia. E durante cem anos nenhum dos dois lados chegava ao triunfo. Gaia foi até Zeus e prometeu que ele venceria e se tornaria rei do universo se descesse ao Tártaro e libertasse os Ciclopes e os Hecatônquiros filhos de Gaia.

Ouvindo os conselhos de Gaia, Zeus venceu Cronos, com a ajuda dos filhos libertos da Terra e se tornou o novo soberano do Universo. Todavia, Zeus realizou um acordo com os Hecatônquiros para que estes vigiassem os Titãs, que Zeus voltou a aprisionar no fundo do Tártaro. Gaia então se revoltou com a traição de Zeus e lançou mão de todas as suas armas para destrona-lo.
Como vingança ela pariu incontáveis Andróginos, seres com quatro pernas e quatro braços que se ligavam por meio da coluna vertebral terminado em duas cabeças, além de possuir os órgãos genitais femininos e masculinos.

Essa criatura primordial era redonda: suas costas e seus lados formavam um círculo e ela possuía quatro mãos, quatro pés e duas cabeças com duas faces exatamente iguais, cada uma olhando numa direção, pousada num pescoço redondo. A criatura podia andar ereta, como os seres humanos fazem, para frente e para trás.
Mas podia também rolar sobre seus quatro braços e quatro pernas, cobrindo grandes distâncias, velozes como um raio de luz. Eram redondos porque redondos eram seus pais: o homem era filho do Sol. A mulher, da Terra. E o par, um filhote da Lua.

Os Andróginos surgiam do chão em todos os quadrantes da Terra, sua força era extraordinária e seu poder imenso. E isso tornou-os ambiciosos, levando-os a desafiar os Deuses e a escalar o Monte Olimpo com a intenção de destronar Zeus e destruir os Deuses.

Reunidos no conselho celeste, Zeus aconselhado por Têmis, decidiu que ele e os demais Deuses deveriam acertar os Andróginos na coluna, de modo a dividi-los exatamente ao meio, para que se tornassem menos poderosos, sem precisar aniquila-los.
Pois aniquilar as criaturas significaria ficar sem os sacrifícios, as homenagens e a adoração. Mas insolência das criaturas era totalmente inadmissível, e por isso deveriam ser castigadas.

Portanto o Grande Zeus decidiu deixa-los viver, mas divididos para torna-los mais humildes e fracos e assim diminuir seu orgulho fazendo-os andar sobre duas pernas, diminuindo sua força e poder, com a vantagem de aumentar seu número. A medida que as criaturas eram cortadas em dois.

Apolo ia virando suas cabeças, para que pudessem contemplar eternamente sua parte amputada, como uma lição de humildade. Apolo também curou suas feridas, deu forma ao seu tronco e moldou sua barriga, juntando a pele que sobrava no centro formando o umbigo, para que eles lembrassem do que haviam sido um dia.

Seccionado Andros, originaram-se dois homens, que apesar de terem seus corpos agora separados, tinham suas almas ligadas, por isso ainda eram atraídos um pelo o outro. O mesmo ocorrendo com os outros dois seres Gynos e Androgynos. Andros deu origem aos homens homossexuais, Gynos às lésbicas e Androgynos aos heterossexuais.
Segundo Aristófanes, seriam então dividos aos terços os heterossexuais e homossexuais, homem, mulher e a união dos dois.

E foi aí que as criaturas começaram a morrer. Morriam de fome e de desespero. Abraçavam-se e deixavam-se ficar assim até a morte. E quando uma das partes morria, a outra ficava à deriva, procurando, procurando...até morrer também.
Zeus ficou preocupado com o destino das criaturas, pois se isso continuasse elas acabariam por se extinguir, então aconselhado por Têmis, ele ordenou a Apolo que virasse as partes reprodutoras dos seres para a sua nova frente, para que através do ato sexual pudessem estar novamente unidos ainda que por alguns momentos. Se antes, eles copulavam com a terra de agora em diante, se reproduziriam entre eles, um homem numa mulher. Num abraço, assim a raça não morreria e os Deuses continuariam a ser adorados e reverenciados.

As criaturas poderiam continuar vivendo e com o tempo eles esqueceriam o ocorrido e apenas perceberiam seu desejo por sua outra parte. Um desejo jamais inteiramente saciado no ato de amar, porque mesmo derretendo-se no outro pelo espaço de um instante, a alma saberia, ainda que não conseguisse explicar, que seu anseio jamais seria completamente satisfeito. E a saudade da união perfeita renasceria, nem bem os últimos gemidos do amor se extinguissem.

E esta é a nossa história.

De como um dia fomos um todo, inteiros e plenos. Tão poderosos que eramos temidos pelos Deuses. É a história também de como um dia, partidos ao meio, viramos dois e aprendemos a sentir saudades. E é a razão dessa busca sem fim do abraço que nos fará sentir de novo e uma vez mais, ainda que só por alguns momentos, a emoção da plenitude que um dia, há muito tempo, perdemos.

Isto pode ser a causa do porque entre chineses e os hindus, tenham florescido rituais, técnicas e filosofias, cujo objetivo era transformar a energia nascida deste abraço, em energia espiritual, e fazer do sexo o um caminho para alcançar o divino. Fazendo do ato amoroso algo que de fato pudesse preencher o vazio de que somos feitos. Alguma coisa forte o bastante, para nos alçar de novo no caminho até o alto da montanha dos Deuses.

Aline Santos é Jornalista,Terapeuta Holística,Taróloga, Cabalista, Sacerdotisa,Professora, Educadora Patrimonial, Escritora, Palestrante, e Pesquisadora de Ciências Ocultas, e atende nas áreas de Florais de Bach, Fitoterapia, Aromaterapia, Terapia com cristais, Reiki, Cura Prânica e Tarô Terapêutico.

"O que uma mulher quer?"


Há uma dinâmica fundamental por trás das atitudes de toda a mulher.

Parte é adquirida com sua interação social, parte é inata.
Quando a mesma dinâmica é constatada num grupo de pessoas, temos o que Jung denomina de ARQUÉTIPO.

Esta forma pura de energia na mitologia grega toma o nome de "Deusa".
As deusas personificam as muitas e diversas maneiras que uma mulher pode ser levada a adotar, a sentir e agir durante a sua vida, quando está apaixonada o arquétipo da Deusa do Amor se faz presente (Afrodite), quando está inspirada em um ideal ou busca ascender profissionalmente é a vez da Deusa da Sabedoria (Atena) ou quando está absorta em seu papel de mãe a Deusa da Terra e da maternidade chega para governar os seus instintos (Deméter).

Devido muitas vezes à nossa formação, há uma tendência de se considerar mitos antigos como bobagens supersticiosas ou lendas.
Engano nosso, pois eles representam uma psicologia altamente sofisticada.
É por intermédio dos arquétipos que se conhece a identidade das pessoas e a forma como elas interagem na sociedade.

Os arquétipos podem aparecer em sonhos, se manifestar no dia no dia-a-dia, ou permanecerem ocultos, mas sempre nos dão a dica que precisamos na busca da verdade e do conhecimento de si mesmo.

Vou passar a vocês a partir de agora, um pouco da pesquisa que fiz junto as Deusas gregas.
Vale a pena conhecer um pouco mais destas deusas maravilhosas que habitam o nosso interior!
Selecionei seis Arquétipos entre as principais Deusas gregas, que são as que estão mais ativas na vida das mulheres da nossa era.




ALINE SANTOS: É Jornalista, Terapeuta Holística,Taróloga,Cabalista, Professora,Educadora Patrimonial, Escritora, Numeróloga, Pesquisadora de Ciências Ocultas, Palestrante,  atende nas áreas de Florais de Bach, Fitoterapia, Aromaterapia, Terapia com cristais, Reiki, Cura Prânica, Tarô Terapêutico e Numerologia.